José Carlos Moreira
Alves
JOSÉ
CARLOS MOREIRA ALVES nasceu em 19 de abril de 1933, na cidade de
Taubaté, Estado de São Paulo, filho de Luiz de Oliveira Alves e
de D. Maria Ismenia Moreira Alves.
Fez
os cursos primário, ginasial e científico no Instituto Lafayette,
no Rio de Janeiro. Bacharelou-se em Direito pela Faculdade Nacional de Direito
da Universidade do Brasil, em 1955; concluiu o curso de Doutorado
(Seção de Direito Privado), na mesma Faculdade, em 1957. Em todos
os cursos referidos, do ginasial ao doutorado, destacou-se como o primeiro
aluno das respectivas turmas.
Dedicando-se
ao magistério, lecionou, como professor regente, nas cadeiras de Direito
Civil e de Direito Romano, na Faculdade de Direito da Universidade Gama Filho,
no Rio de Janeiro (
De
janeiro de
Possui
as seguintes obras e trabalhos publicados: Direito
Romano 1º volume (História
do Direito Romano Instituições de Direito Romano: A - Parte Geral; B - Parte
Especial: Direito das Coisas), Ed. Borsoi, RJ, 1965; 13ª ed., Ed.
Forense, 2000; Direito Romano 2º
volume (Instituições
do Direito Romano: B - Parte
Especial: Direito das Obrigações; Direito de Família;
Direito das Sucessões) Ed. Borsoi, RJ, 1965; 6ª ed., Ed. Forense, 2000; A Retrovenda, Ed. Borsoi, RJ, 1967; 2ª ed., Ed. Revista dos Tribunais,
1987; Da Alienação
Fiduciária em Garantia, Ed. Saraiva 1973; 3ª ed., Ed. Forense,
1987; Pareceres do Procurador-Geral da
República, DIN, Brasília, 1973; Tertiis Nundinis Partis Secanto, RJ, 1958; Os Efeitos da Boa-Fé no Casamento Nulo, segundo o Direito Romano,
RJ, 1959; A Forma Humana no Direito
Romano, RJ, 1960; Vnus Casus
(Inst. IV, 6, 2), RJ, 1964 reed. Revista
Verbum, PUC-RJ, fac. set/dez 1967; Estudos
de Direito Civil Brasileiro e Português (II Jornada Luso-Brasileira
de Direito Civil), Rev. dos Tribunais,
1980 (em colab. com Marcello Caetano, Clóvis do Couto e Silva e
Mário Júlio de Almeida Costa); Posse, vol. I (Evolução
Histórica), Ed. Forense, 1985; 3ª tir., Ed. Forense, 1999; A Parte Geral do Projeto de Código
Civil Brasileiro, Ed. Saraiva, SP, 1986; Posse, vol. II, 1º tomo (Estudo
Dogmático), Ed. Forense, 1999; 2ª ed., 3ª tir., 1999.
É
também autor dos seguintes artigos, publicados em revistas
especializadas: O atual projeto do Código Civil Brasileiro (SPSE, órgão oficial do
Instituto de Estudos Políticos e Sociais, nº 30 ,
abr./jun. 1966, pp. 49/79); A Evolução da Teoria do Casamento
Inexistente (Revista Verbum da PUC do
Rio de Janeiro , tomo XXX, fasc. 4, ano de 1963, pp. 419/438); As
Interpolações (Revista
Jurídica, órgão cultural da FND da Universidade do
Brasil, vol. XIX, 163/1964, pp. 19/30); Ocupação (Rep. Enc. Dir. Bras., vol. 35, pp. 113/116);
Outorga Marital (Rep. Enc. Dir. Bras.,
vol. 35, pp. 337/339); Outorga Uxória (Dep. Enc. Dir. Bras., vol. 35, pp. 339/341); Perda da Posse (Rep. Enc. Dir. Bras., vol. 37, pp. 10/14);
Perda da Propriedade (Rep. Enc. Dir.
Bras., vol. 37, pp. 14/18); A "Gewere" um instituto do antigo
direito alemão (Rev. Fac. Dir. da
USP, vol. 63, pp. 193/228); Lições de um código
atual o Código Civil Português (Rev. Fac. Dir. da USP, vol. 64, pp. 207/228); O direito das coisas
no novo Código Civil Português (Rev. Dir. Fac. Dir. da USP, vol. 65, pp. 215/257); A falta de
conciliação em reconvenção de desquite (Arq. MJ, nº 114, junho de
1970 pp. 66/74); A reforma de Códigos no Brasil I.
Anteprojeto do Código Civil Brasileiro (Academia nº 2, maio/junho de 1971 p. 3); A
posição da mulher que se escusou de ser curadora do marido,
quanto aos bens do casal (Arq. Do MJ, nº
125, pp. 5/12); Unificação do Direito Privado no Brasil
(publicado na coletânea Inchieste
di Diritto Comparato, dirigida pelo Prof. Mario Rotondo, vol. IIICasa
Editrice Dott, Antonio Milani, Padova, 1973); Enriquecimento sem causa em caso
de nulidade alegada por Órgão Público, de contrato de
locação de serviços (Arq.
do MJ, nº 129, março de 1974, pp. 19/28); O negócio
jurídico no Anteprojeto do Código Civil Brasileiro, (Arq. do MJ, nº 131, julho/setembro
de 1973, pp. 173/187); Inovações do Novo Anteprojeto do
Código Civil (Rev. Inf. Leg.
nº 40, out./dez. 1973, pp. 5/14); Pressupostos de elegibilidade e
inelegibilidade (em Estudos de Direito
Público em homenagem a Aliomar Baleeiro, pp. 225/232);
Obrigação Líquida (Notícia
do Direito Brasileiro, 1976); Questões de direito civil na
jurisprudência mais recente do Supremo Tribunal Federal (Notícia do Direito Brasileiro,
1977) e Uma ampla contribuição para a Suprema Corte (Notícia do Direito Brasileiro,
1977).
Foram divulgados,
ainda, os seguintes trabalhos de sua autoria: Direito Romano e Ensino Jurídico (Irmãos Pongetti
Editores, RJ, 1962); Oração do Paraninfo (Jornal do Comércio, RJ, 24-12-1966, p. 9); Sallustius et Fausta (artigo escrito em
latim, publicado na Revista Verbum,
da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, tomo XX,
fasc. 3, ano de 1963, pp. 329/334); Administração e Direito (Rev. Fac. Dir. USP, vol. 63, 1968, pp.
413/420); Anteprojeto da Parte Geral do Código Civil Brasileiro,
entregue ao Exmo. Sr. Ministro da Justiça, em novembro de 1970,
juntamente com os demais anteprojetos da Parte Especial do Código Civil,
pelo supervisor da comissão encarregada de elaborar o novo Anteprojeto
do Código Civil Brasileiro, Prof. Dr. Miguel Reale, e Anteprojeto da Lei
de Direitos Autorais, entregue ao Exmo. Sr. Ministro da Justiça em
setembro de 1973 e de que resultou a Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de
1973.
Exerceu
a advocacia, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do
antigo Distrito Federal, hoje Estado do Rio de Janeiro, de
Membro
do Instituto dos Advogados Brasileiros, Seção do Estado de
São Paulo e ex-membro do Instituto dos Advogados Brasileiros,
Seção do Estado do Rio de Janeiro (antigo Estado da Guanabara).
Coordenador
da Comissão de Estudos Legislativos do Ministério da
Justiça (
Chefe
do Gabinete do Ministro da Justiça, de junho de
Participou,
como Assessor, da Delegação do Brasil, na Reunião dos
Ministros da Justiça dos países hispânicos, luso-americanos
e filipinos, efetuada em Madri, em setembro de 1970.
Foi
Delegado do Brasil nas conferências diplomáticas para a
revisão da Convenção Universal sobre o Direito de Autor e
da Convenção de Berna, realizadas em Paris, em julho de 1971.
Presidiu
o IV Congresso Interamericano do Ministério Público, realizado em
Brasília, em maio de 1972.
Chefiou
a Missão Especial, na qualidade de Embaixador Extraordinário e
Plenipotenciário, para representar o governo brasileiro nas
cerimônias oficiais comemorativas do 50º aniversário da
Proclamação da República na Turquia, em outubro de 1973.
Nomeado
por decreto de 19 de abril de 1972, exerceu o cargo de Procurador-Geral da
República, de 24 de abril de
Nomeado
Ministro do Supremo Tribunal Federal, por decreto de 18 de junho de 1975, do
Presidente Ernesto Geisel, na vaga decorrente da aposentadoria do Ministro
Oswaldo Trigueiro de Albuquerque Mello. Tomou posse no cargo em 20 do mesmo
mês.
Indicado
pelo Supremo Tribunal Federal para Juiz Substituto do Tribunal Superior
Eleitoral de 14 de agosto de
Exerceu
a Vice-Presidência do Supremo Tribunal Federal de 9 de dezembro de
Posteriormente
retornou ao Tribunal Superior Eleitoral, indicado como Juiz Substituto, no período
de 10 de novembro de
Havendo
completado o Jubileu de Prata como Ministro da Corte, em 20 de junho de 2000,
decidiu o Supremo Tribunal Federal homenageá-lo, em sessão que se
realizou a 9 de agosto de 2000, sob a presidência do Ministro Carlos
Velloso. Falou, em nome de seus pares, o Ministro Nelson Jobim; pelo
Ministério Público da União, o Procurador-Geral da
República, Dr. Geraldo Brindeiro, e, pelo Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil, o Dr. José Guilherme Villela.
Recebeu
o Prêmio Astolfo Rezende, conferido, em 1955, pelo Instituto dos
Advogados Brasileiros, Seção do antigo Distrito Federal.
Condecorações:
Grande Oficial da Ordem do Rio Branco (1973); Grã-Cruz da Ordem do
Mérito de Brasília (1973); Grã-Cruz da Ordem do
Mérito Judiciário Militar; Grande Oficial da Ordem do
Mérito Judiciário do Trabalho; Grande Oficial da Ordem do
Mérito Aeronáutico (1973) e Grande Oficial da Ordem do
Mérito Militar (1974); Grande Oficial da Ordem do Infante Dom Henrique,
conferida em 24 de novembro de 1978, pelo Presidente da República
Portuguesa; Grã-Cruz da Ordem do Mérito da República
Federal da Alemanha, por Decreto de 4 de abril de 1982, do Presidente Karl
Carstens; Grand Officier de la
légion d'honneur, conferida em outubro de 1985, pelo Presidente da
França, François Mitterrand.
É
casado com a Dra. Evany de Albuquerque Maul Alves.
Em
15 de abril de 2003, às vésperas de completar 70 anos, foi
homenageado em sua última sessão de julgamento presidindo a
Primeira Turma, quando discursaram o Ministro Sydney Sanches, pelo Supremo
Tribunal Federal, o Procurador da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida, pelo Ministério Público Federal e o secretário da
Primeira Turma, Ricardo Dias Duarte.
Atingiu
a idade limite para permanência na atividade em 19 de abril de 2003,
sendo aposentado por decreto de 22 de abril do mesmo ano, publicado no
Diário Oficial da União de 23 seguinte.
Aos 16 de outubro de 2003, foi realizada sessão plenária em sua homenagem,
na qual falou, pela Corte, o Ministro Gilmar Mendes, pelo Ministério
Público Federal, o Procurador-Geral da República, Dr.
Cláudio Fonteles e pelo Conselho Federal da OAB, o Presidente da
seccional de Goiás, Dr. Felicíssimo Sena.